Carnificina Fest 2,5

Sabado, 12 de fevereiro de 2011 ocorreu no Seven Beer a segunda edição e "meia" do Carnificina fest em São Paulo. Um festival totalmente independente contando com alguma das melhores bandas da cena underground, algumas voltando a ativa e outras apenas começando, a expectativa era grande em torno deste festival que foi um bônus para o Carnificina fest 2 que por falta de luz acabou na segunda banda.

 A banda SDT iniciou o fest com seu som  barulhento e perturbante, com passadas de noise core misturado com um crossover bem simples mas cativante,  sobre o comando do carismático vocalista Carlão (um, dois, um dois) eles tiveram um set curto mas bastante competente para uma banda que está apenas começando a tocar e que pode render ainda muitos frutos.

 A próxima atração foram os thrashers pinguços do IMMINENT ATTACK, um dos grandes nomes da cena crossover paulista. Eles que estão de volta após algum tempo parado executaram um set com muita energia e a galera fez o circle pit pegar fogo. Apesar das falhas com o amplificador de baixo, a banda é muito competente, agora contando com dois guitarristas, deixando o som mais pesado e mais trabalhado. Lembrando que os caras estarão lançando o seu 'debut' em Abril.

 Nas pausas entre as bandas a galera degustava uma caipirinha maligna do open bar rs...

 A terceira banda da noite foi o MANICÔMIO, banda que surgiu ano passado e já conquistou o carisma do público. A banda abriu com um Reggae que deixou muitos curiosos do que viria pela frente, mas logo o Hard Core/Crossover insano veio em uma paulada só e eles emendaram 4 musicas para abrir seu show que deixa seu set com uma cara bem diferente. Executaram um set rápido mas com muita dedicação, representando literalmente um Manicômio no palco. Ocorreram alguns problemas com o amplificador de guitarra, mas nada que comprometesse a apresentação.

 O CYCO PIT foi à próxima atração da noite, a banda estava ausente há mais de um ano e executaram algumas musicas novas que estarão em um futuro lançamento. Banda que tem uma pegada Thrash Core, com riffs altamente rápidos e com o vocal de perder o fôlego de Bruno. O set foi uma chinelada na testa e com a presença do novo guitarrista André, as musicas ganharam um novo tom mais agressivo, mais expressivo e mais trabalhado, destaque para cozinha bem trabalhada pelo baterista Iggy e o baixista Damien, que seguram com muita competência todos os foguetes lançados por André e Brunão.

 O Punk Rock do BAKTÉRIA foi a próxima atração da noite. Banda que tem muita energia no palco trouxe em suas canções uma levada hard core mais old school. Para todos os amantes de punk rock valeu a pena conferir o som dessa banda que desferiu suas canções sem frescura e com muita animação, agitando os que estavam presentes no fest. Tocaram musicas rápidas e com uma distorção bem suja, mudando de passagem a todo momento, desde uma levada mais calma com solos agudos, para uma total pancadaria sem perder a qualidade sonora.

 Os thrashers do ABC  FACCION DE SANGRE subiram no palco e como de costume fizeram um show que causa uma verdadeira explosão sonora. Macacos velhos esses caras são remanescentes de outras bandas e apesar do Faccion ser uma banda relativamente nova, não demonstra isso no palco pois todos os integrantes são extremamente competentes e se entendem muito bem no palco. Mandaram dois covers do RxDxPx,  Morrer/Crucificados pelo sistema, para delírio dos ratosmaníacos presentes. Ouvem uma jam com o vocalista do Gangrena Gasosa para fechar o set, sob muitos aplausos a banda deixa o palco mostrando toda a força que o ABC tem dentro do underground.

 Pra fechar o fest sobe ao palco os veteranos do F.H.C. que executam o seu Grindcore desde 1998. É até difícil comentar uma banda que está a tanto tempo na cena e se renova cada vez mais, um set com muita competência e dedicação. Dois vocais, gritos agonizantes, uma sessão de tortura (no bom sentido), um set altamente trabalhado, revivendo musicas antigas e apresentando novas musicas que surpreende qualquer banda nova da cena, literalmente eles fecharam o fest com chave de ouro.

 Ocorreram alguns problemas na parte sonora e na organização, mas os erros nos servem como lição para que cada vez mais o Carnificina seja uma união entre todas as cenas underground. Com a ajuda de todos que estavam presentes neste dia 12 de fevereiro, o fest enfim aconteceu!. O coletivo Carnificina age de forma 'D.I.Y.' e dando espaço para todas as bandas do circuito independente poderem divulgar o seu trabalho sem fins lucrativos,  apenas pelo o fortalecimento do movimento barulhístico de São Paulo.
 Em nome dos organizadores agradecemos a todos os presentes que compareceram no Carnificina 2.5 e dando força para as bandas da noite, esperamos que as próximas edições sejam mais insanas, abraço a todos!
 Keeping thrashing!!!